segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Banner humano 43 - Marina Presidente - em Belo HorizonteGENTE VAMOS FAZER BANNER HUMANO EM TODO BRASIL COM O NÚMERO 45 NO DIA 25/10/2014 AS 10 H SEGUE COMO MODELO O QUE FIZEMOS EM 2010 EM BH - Registro do 43-de-gente feito na Praça da Estação, em Belo Horizonte (MG), no dia 25/09/2010. O evento foi realizado pelo Movimento Marina Silva, em parceria com o PV-MG. Música de Adriana Calcanhoto (feita para Marina). Imagens: Vertex. https://www.youtube.com/watch?v=PBAZqHjFdKk

Banner humano 43 - Marina Presidente - em Belo HorizonteGENTE VAMOS FAZER BANNER HUMANO EM TODO BRASIL COM O NÚMERO 45 NO DIA 25/10/2014 AS 10 H SEGUE COMO MODELO O QUE FIZEMOS EM 2010 EM BH - Registro do 43-de-gente feito na Praça da Estação, em Belo Horizonte (MG), no dia 25/09/2010. O evento foi realizado pelo Movimento Marina Silva, em parceria com o PV-MG. Música de Adriana Calcanhoto (feita para Marina). Imagens: Vertex. https://www.youtube.com/watch?v=PBAZqHjFdKk

domingo, 10 de março de 2013

Foi educada pela mãe



Se, por um lado, Joaquina aparece como a mulher que fugiu à regra de seu tempo, como uma exceção diante da sociedade majoritariamente masculina do século XVIII no que diz respeito às relações comerciais, por outro ela foi uma mulher dedicada a casa, à família e a Deus, enquadrando-se perfeitamente no padrão feminino do seu tempo. Ao final de sua vida, seu filho mais novo, capitão Joaquim Antônio de Oliveira Campos, torna-se seu apoio e substituto.
Paradoxalmente, suas filhas viveram exclusivamente o cotidiano da vida doméstica, foram mulheres recatadas, se casaram cedo por meio de arranjos familiares estabelecidos pela matriarca com homens de posses, de famílias importantes e com destaque político. Cumpriram suas funções moldada dentro da sociedade setecentista.
Joaquina exerceu sobre os filhos a posição de chefe, manteve as tradições e os bons costumes, compartilhou a função materna e de mulher de negócios. Deixando uma linhagem importante de numerosas famílias dominantes ainda hoje na vida econômica, social e política do Estado de Minas Gerais. Dentre elas, encontram-se os Melo Franco, Benedito Valadares, Gustavo Capanema, José de Magalhães Pinto, Olegário Maciel e Ovídio de Abreu.
Do casamento de Joaquina do Pompéu e Capitão nasceram dez filhos:
1.    Anna Jacinta de Oliveira Campos, que se casou  com Thimóteo Gomes Valadares;
2.    Felix de Oliveira Campos, que se casou com Eufrásia  Maria da Silva;
3.    Maria Joaquina de Oliveira Campos, que se casou com Luiz Joaquim de Souza Machado;
4.    Jorge de Oliveira Campos, que se  casou  com Antônia Maria de Jesus;
5.    Joaquina de Oliveira Campos, que se casou com Antônio Alves da Silva;
6.    Isabel Jacinta de Oliveira Campos, que se casou com Martinho Alvares da Silva;
7.    Inácio de Oliveira Campos, que se casou com Barbara Umbelina de Sá e Castro;
8.    Anna Joaquina de Oliveira Campos, que se casou com João Cordeiro Valadares;
9.    Antônia Jacinta de Oliveira Campos, que se casou com Joaquim Cordeiro Valadares, e
10. Joaquim Antônio de Oliveira Campos, que se casou a primeira vez com Claudina Cândida Lataliza França, e a segunda vez com Anna de Oliveira Campos Cordeiro, sua sobrinha.


Dois quadros da artista plástica mineira Yara Tupinambá compõem e abrilhantam a galeria do Museu. O pavimento térreo é destinado a exposições itinerantes e do artesanato de Pompéu, conhecido em toda a nossa região por sua diversidade e qualidade. O Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu é uma das melhores opções de Turismo Histórico e Cultural em nossa região. Com total acessibilidade (elevadores para idosos e deficientes), guia interno e acesso gratuito.

A história de Joaquina do Pompéu se mistura com a história do Brasil e de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX e esperam ser investigada por historiadores, para revelar importantes informações sobre o passado colonial brasileiro.  


HELYZABETH KELEN TAVARES CAMPOS


O Pompéu faz parte da história do Brasil há mais de duzentos anos

Em 1840 Joaquim Cordeiro Valadares, genro de Dona Joaquina, fundou o arraial do Buriti da Estrada, e em dezembro de 1938, por decreto do governo Benedito Valadares, deu origem ao atual município de Pompéu.
O nome foi dado em homenagem ao seu primeiro morador, o paulista Antônio Pompeu Taques que se instalou nos chapadões do alto São Francisco em uma sesmaria formando uma fazenda no Pouso dos Buritis. Era um ponto de parada das tropas com as boiadas, devido a um pequeno buritizal às margens da antiga estrada Real dos Montes Claros para Pitangui e o Atlântico.
Cravada próximo ao centro geográfico de Minas Gerais, é ainda conhecida como terra de povo bravo. Como 2.551 km² de extensão de cerrado, e uma população de aproximadamente 30.000 habitantes, tem como atrativos naturais, a montanha da Serpente, a gruta das Orquídeas, com antigas inscrições nas pedras, e a represa de Três Marias, formada pelo rio São Francisco. Hoje é um dos mais prósperos municípios de Minas Gerais. Seguindo a sua tradição tem sua economia baseada na pecuária de corte e leite, a região é a maior bacia leiteira do nosso País, indústria moveleira, extração e beneficiamento de pedra ardósia e usina de produção de álcool combustível (etanol) e açúcar e plantio de Eucalipto.
O Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu inaugurado no dia 20 de agosto de 2011 na cidade de Pompéu, resgata a história da mulher mais empreendedora do Brasil no século XIX, matriarca de toda a nossa região.
O complexo arquitetônico é composto por quatro espaços: Casarão, Anexo Administrativo, Anfiteatro e Espaço Cultural. 
O Casarão, espaço de maior destaque, é uma réplica do Solar do Laranjo, obra construída em 1871, por Antônio Cândido de Campos Cordeiro, bisneto de Dona Joaquina às margens do Rio Paraopeba (área atualmente inundada pelo lago da hidrelétrica Retiro de Baixo). Com dois pavimentos, abriga o Museu da Cidade de Pompéu, com rico e belo acervo composto de peças que ilustram a história de Dona do Joaquina, seus filhos, descendentes e inúmeras outras peças antigas que nos levam a uma viagem pelo tempo em nossa região, durante o século XVIII, XIX e início do século XX. O Museu conta ainda, com rico acervo fotográfico e coloca a disposição dos visitantes livros que documentam toda a genealogia do casal do Pompéu, mostrando os mais de 80.000 descendentes. 



Pitangui
Em 1720, época da insurreição contra o do pagamento do quinto do ouro, se envolveu o famoso chefe Domingos Rodrigues do Prado. Devido ao grande atraso com a Fazenda Real, o governo português, cobrava pelos fiscais incessantemente trinta e tantas arrobas de ouro. Os pitanguienses resolveram, em solidariedade aos rebeldes de Vila Rica, se contrapor à ganância dos reinóis, com armas em punho.
O poderoso Domingos do Prado dispunha de uma tropa de 500 homens com seus trabucos e suas escopetas escorvadas, à espera dos Dragões, soldados do Conde de Assumar, que fisicamente pareciam verdadeiras araras, com suas fardas berrantes e penacho nas cabeças, o que impressionava os pobres aventureiros locais, supersticiosos, mal armados e mal alimentados.
Os Dragões traziam umas caixas surdas (tambores) colocadas dos dois lados do animal, um soldado vinha batendo com uma batuta, ecoando pelas encostas o ensurdecedor barulho da lei que se aproximava.
Homem de espírito vivo, penetrante, capaz de perceber com rapidez as coisas mais sutis, o poderoso Domingos do Prado, aliou-se a outros bandeirantes os irmãos Fraga, e a Alexandre Afonso, também rico garimpeiro morador ao lado dos Fraga.
Os irmãos Fraga e Alexandre Afonso se prepararam, juntamente com Domingos Prado, para resistir às tropas imperiais. No entanto, quando se aproximavam as centenas de soldados do Conde de Assumar, Domingos Prado fugiu para Conceição do Pará, sem dar combate aos inimigos, deixando os irmãos Fraga e Alexandre Afonso à mercê dos temíveis Dragões que não se atemorizaram com a covardia do poderoso Domingos Prado; organizaram a resistência, tornando-se verdadeiros heróis esquecidos da nossa história.
 Alexandre Afonso teve o cuidado de enterrar as 40 arrobas em pó e pepitas, ilegal na época, em lugar até hoje desconhecido e foram imitados pelos escravos, que também enterrando o pouco ouro que tinham em potes de barro.
Sob o comando do sargento Madureira, as tropas dos Dragões impuseram a derrota aos sublevados. Destruíram suas casas, e seus corpos foram esquartejados e salgados, suas cabeças plantadas em paus pelas estradas, para servir de exemplo. O local é ainda hoje conhecido pelo nome de Mato das Cabeças, no caminho que liga esta cidade a Brumado.
Depois de quase três séculos de existência, a lenda do abonado bandeirante Alexandre Afonso, deixa nos pitanguienses certa dúvida sobre as 40 arrobas de ouro enterradas entre Brumado e Pitangui, ninguém encontrou até os dias de hoje este tesouro enterrado.