domingo, 10 de março de 2013


Ficou também muito bem impressionado com a hospitalidade da fazendeira e a assistência que lhe ofereceu em 1811 o mineralogista alemão Wilhelm Ludwig Von Eschwege (1777-1885), quando fazia um levantamento das riquezas minerais do Alto São Francisco, a serviço do rei de Portugal. Os resultados da viagem foram apresentados no livro Pluto Brasilienses, escrito por volta de 1821 e publicado, pela primeira vez, em 1833, em Berlim.
O autor narra a chegada à Fazenda do Pompéu, registrando a sua surpresa com o tamanho da propriedade, que descreve como tendo pelo menos 150 léguas quadradas. Sua comitiva ficou ali abrigada por vários dias, munindo-se de víveres necessários à retomada da viagem em direção aos rios Indaiá e Abaeté.
O barão Von Eschwege registrou, em nota de rodapé, seu agradecimento especial a Joaquina, e esclarece boatos que correram ao seu respeito durante suas constantes hospedagens, “às vezes por semanas”, na casa de Joaquina, espalhados por viajantes e subscritos por outros, de um suposto envolvimento amoroso seguido de um presente de mil bois oferecidos a ele por Joaquina. Segundo o mineralogista, entre os que poderiam ter contribuído para fazer circular a intriga estaria outro alemão, de nome Werner, que também se hospedou no solar.
Mas talvez a verdade fosse outra, as suspeitas é que os próprios moradores da região do oeste mineiro que, por inveja do sucesso da fazendeira, em geral, tinham o habito de espalhar aqueles comentários maliciosos, como, aliás, acontecera com seu pai em Mariana meio século antes.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial