Ficou também muito bem
impressionado com a hospitalidade da fazendeira e a assistência que lhe
ofereceu em 1811 o mineralogista alemão Wilhelm Ludwig Von Eschwege
(1777-1885), quando fazia um levantamento das riquezas minerais do Alto São
Francisco, a serviço do rei de Portugal. Os resultados da viagem foram
apresentados no livro Pluto Brasilienses, escrito por volta de 1821 e
publicado, pela primeira vez, em 1833, em Berlim.
O autor narra a chegada à
Fazenda do Pompéu, registrando a sua surpresa com o tamanho da propriedade, que
descreve como tendo pelo menos 150 léguas quadradas. Sua comitiva ficou ali
abrigada por vários dias, munindo-se de víveres necessários à retomada da
viagem em direção aos rios Indaiá e Abaeté.
O barão Von Eschwege registrou,
em nota de rodapé, seu agradecimento especial a Joaquina, e esclarece boatos que
correram ao seu respeito durante suas constantes hospedagens, “às vezes por
semanas”, na casa de Joaquina, espalhados por viajantes e subscritos por
outros, de um suposto envolvimento amoroso seguido de um presente de mil bois
oferecidos a ele por Joaquina. Segundo o mineralogista, entre os que poderiam
ter contribuído para fazer circular a intriga estaria outro alemão, de nome
Werner, que também se hospedou no solar.
Mas talvez a verdade fosse
outra, as suspeitas é que os próprios moradores da região do oeste mineiro que,
por inveja do sucesso da fazendeira, em geral, tinham o habito de espalhar
aqueles comentários maliciosos, como, aliás, acontecera com seu pai em Mariana
meio século antes.
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