Inácio depois de nove anos
doente morre em 1804, viúva aos 52 anos a grande proprietária começa a
construir, de fato, a sua fama. A fazenda do Pompéu já se despontava como
celeiro agrícola do país, Joaquina assumiu os negócios e o controle do
latifúndio.
A fazenda estava
completamente organizada e tudo se movia sob a visão de Dona Joaquina que assumiu
funções muito diferentes daquelas estabelecidas para as mulheres de sua época
permitida pela sociedade patriarcal nas Minas setecentistas. A ordem do
latifúndio era tão impecável que em Vila Rica, Capital da Capitania, era ela
admirada pelo regime vigente na fazenda de comprovada nobreza.
Mostrou-se uma mulher
trabalhadeira e disposta a encarar a lida da fazenda, o que desincumbia com
extrema competência, com temperamento forte conseguiu se superar ao mostrar o
quanto estava preparada para a função que lhe foi destinada. Joaquina foi só um
dos exemplos da realidade de tantas outras mulheres que também assumiram
fazendas e negócios, ao mesmo tempo em que cuidaram da educação dos filhos.
A economia abriu um novo
ciclo de desenvolvimento para toda a colônia, elevou a rentabilidade da
atividade pecuária, e proporcionou a maior utilização das terras e rebanhos, fez
com que essas regiões se tornassem interdependentes, especializadas umas na
criação, e outras na engorda fomentando os principais mercados
consumidores.
Joaquina do Pompéu e sua
família se tornaram parte de uma elite mercantil colonial, sua projeção
política ocorreu na medida em que seus negócios evoluíram, acumulando bens, e investindo
os seus rendimentos na obtenção de lucros.
Estabeleceu em seu redor uma
sólida e organizada rede de amizades que proporcionou a ela bons negócios,
manteve relações com comerciantes e autoridades como o Conde de Valadares, o Governador
da Capitania de Minas Gerais, consolidou laços dentro da capitania de Minas e
no Rio de Janeiro.
Na esfera familiar, Joaquina
teve ainda o apoio de seus genros, filhos, cunhados e outros parentes que ocuparam
cargos políticos e posição econômica, criaram relações de solidariedade,
proporcionou privilégios e benefícios, deixando assim um legado familiar, que perdura
até os tempos atuais.
A maioria dos seus genros foram membros da Câmara
da Vila de Pitangui, oriundos de famílias tradicionais. Possuíam títulos de
capitão, coronel e sargento da guarda, comerciantes que realizavam negócios com
a matriarca. Para seus filhos, Joaquina procurou por moças de famílias
respeitáveis que pudessem ampliar e fortalecer seus laços de amizades fortes e
duradouras.
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