domingo, 10 de março de 2013


Inácio depois de nove anos doente morre em 1804, viúva aos 52 anos a grande proprietária começa a construir, de fato, a sua fama. A fazenda do Pompéu já se despontava como celeiro agrícola do país, Joaquina assumiu os negócios e o controle do latifúndio.
A fazenda estava completamente organizada e tudo se movia sob a visão de Dona Joaquina que assumiu funções muito diferentes daquelas estabelecidas para as mulheres de sua época permitida pela sociedade patriarcal nas Minas setecentistas. A ordem do latifúndio era tão impecável que em Vila Rica, Capital da Capitania, era ela admirada pelo regime vigente na fazenda de comprovada nobreza.
Mostrou-se uma mulher trabalhadeira e disposta a encarar a lida da fazenda, o que desincumbia com extrema competência, com temperamento forte conseguiu se superar ao mostrar o quanto estava preparada para a função que lhe foi destinada. Joaquina foi só um dos exemplos da realidade de tantas outras mulheres que também assumiram fazendas e negócios, ao mesmo tempo em que cuidaram da educação dos filhos.
A economia abriu um novo ciclo de desenvolvimento para toda a colônia, elevou a rentabilidade da atividade pecuária, e proporcionou a maior utilização das terras e rebanhos, fez com que essas regiões se tornassem interdependentes, especializadas umas na criação, e outras na engorda fomentando os principais mercados consumidores. 
Joaquina do Pompéu e sua família se tornaram parte de uma elite mercantil colonial, sua projeção política ocorreu na medida em que seus negócios evoluíram, acumulando bens, e investindo os seus rendimentos na obtenção de lucros.
Estabeleceu em seu redor uma sólida e organizada rede de amizades que proporcionou a ela bons negócios, manteve relações com comerciantes e autoridades como o Conde de Valadares, o Governador da Capitania de Minas Gerais, consolidou laços dentro da capitania de Minas e no Rio de Janeiro.
Na esfera familiar, Joaquina teve ainda o apoio de seus genros, filhos, cunhados e outros parentes que ocuparam cargos políticos e posição econômica, criaram relações de solidariedade, proporcionou privilégios e benefícios, deixando assim um legado familiar, que perdura até os tempos atuais.
A maioria dos seus genros foram membros da Câmara da Vila de Pitangui, oriundos de famílias tradicionais. Possuíam títulos de capitão, coronel e sargento da guarda, comerciantes que realizavam negócios com a matriarca. Para seus filhos, Joaquina procurou por moças de famílias respeitáveis que pudessem ampliar e fortalecer seus laços de amizades fortes e duradouras.

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