domingo, 10 de março de 2013


Em 1745, no apogeu do ciclo do ouro, Minas Gerais era o maior centro urbano da colônia, superando a Bahia e o Rio de Janeiro, a região de Vila Rica, atual Ouro Preto, movia a economia. Igrejas e demais construções arquitetônicas eram construídas, as artes plásticas, a música e a literatura também se desenvolvia, e acabou gerando uma maior articulação entre as capitanias, contribuindo para a formação da uma unidade nacional.
O ouro da região parecia brotar do chão como batatas, atraindo todo tipo de gente, os paulistas começarem a perder espaço para baianos, portugueses e fluminenses, chamados de “emboabas”, que buscavam as lavras de Minas Gerais em busca de riqueza.
Os emboabas tinham relações estreitas com o comércio de escravos africanos, os quais se mostravam mais produtivos que os índios, considerados rebeldes e indomesticáveis, logo começaram a surgir as disputas entre paulistas e emboabas.
O território da colônia crescia, mudando a demarcação das fronteiras entre à Espanha e Portugal, convencionado pelo Tratado de Tordesilhas. Com o novo Tratado de Madri, firmado em 1750, aplicando a tese do “uti possidetis”, a posse de direito era daquele que detinha a posse de fato,  o Brasil triplicou seu território.
Indiferente a tudo isso, o que interessava a Portugal era receber regularmente o chamado “quinto” o qual, apesar de difícil controle, chegava sem dificuldade alguma para a família real. Em 1741 Portugal chegou a receber 11,5 toneladas de ouro sem que tenha feito qualquer esforço os ventos sopravam a favor da Corte Portuguesa, e mais ouro foi encontrado nas novas regiões auríferas de Cuiabá. A exploração do diamante também passou a encher as burras da família real portuguesa.
Durante todo o curso da extração aurífera Portugal demonstrou uma absoluta incompetência na administração das riquezas extraídas na colônia, perdulária estava mais interessada em ostentar sua fortuna do que cuidar do povo do País e da Colônia. Pensava que a extração do ouro no Brasil seria eterna, inoperante a administração da Corte abandonou a indústria e deixaram as terras, incultas, e o comércio, nas mãos dos estrangeiros, sobretudo os Ingleses.  

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