Em 1745, no apogeu do ciclo
do ouro, Minas Gerais era o maior centro urbano da colônia, superando a Bahia e
o Rio de Janeiro, a região de Vila Rica, atual Ouro Preto, movia a economia.
Igrejas e demais construções arquitetônicas eram construídas, as artes
plásticas, a música e a literatura também se desenvolvia, e acabou gerando uma
maior articulação entre as capitanias, contribuindo para a formação da uma
unidade nacional.
O ouro da região parecia
brotar do chão como batatas, atraindo todo tipo de gente, os paulistas
começarem a perder espaço para baianos, portugueses e fluminenses, chamados de
“emboabas”, que buscavam as lavras de Minas Gerais em busca de riqueza.
Os emboabas tinham relações
estreitas com o comércio de escravos africanos, os quais se mostravam mais
produtivos que os índios, considerados rebeldes e indomesticáveis, logo começaram
a surgir as disputas entre paulistas e emboabas.
O território da colônia crescia,
mudando a demarcação das fronteiras entre à Espanha e Portugal, convencionado
pelo Tratado de Tordesilhas. Com o novo Tratado de Madri, firmado em 1750,
aplicando a tese do “uti possidetis”, a posse de direito era daquele que
detinha a posse de fato, o Brasil
triplicou seu território.
Indiferente a tudo isso, o
que interessava a Portugal era receber regularmente o chamado “quinto” o qual,
apesar de difícil controle, chegava sem dificuldade alguma para a família real.
Em 1741 Portugal chegou a receber 11,5 toneladas de ouro sem que tenha feito
qualquer esforço os ventos sopravam a favor da Corte Portuguesa, e mais ouro
foi encontrado nas novas regiões auríferas de Cuiabá. A exploração do diamante
também passou a encher as burras da família real portuguesa.
Durante todo o curso da
extração aurífera Portugal demonstrou uma absoluta incompetência na administração
das riquezas extraídas na colônia, perdulária estava mais interessada em
ostentar sua fortuna do que cuidar do povo do País e da Colônia. Pensava
que a extração do ouro no Brasil seria eterna, inoperante a administração da Corte
abandonou a indústria e deixaram as terras, incultas, e o comércio, nas mãos dos
estrangeiros, sobretudo os Ingleses.
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